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CRT-SP e SEBRAE-SP: clima de cultura organizacional e palestras sobre inovação, liderança, como falar em público e outros temas
No dia 21 de julho de 2022 o Conselho Regional dos Técnicos Industriais do Estado de São Paulo (CRT-SP) realizou, na sede do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE-SP) na capital paulista, o Programa de Cultura Organizacional do CRT-SP, evento norteado por um ciclo de palestras de capacitação voltadas, sobretudo, a colaboradores e conselheiros com temas relacionados à inovação e liderança; planejamento estratégico; regramento aos conselheiros previsto no Regimento Interno; e técnicas e dicas importantes de como se expressar em público. No discurso inicial, Gilberto Takao Sakamoto deu as boas-vindas aos participantes, agradeceu ao SEBRAE-SP pela disponibilização do “belíssimo” espaço para a realização do evento e parabenizou os colaboradores. “Estamos aqui reunidos com um ciclo de palestras para capacitar nossos funcionários, conselheiros, representantes e a própria diretoria, sempre objetivando a defesa da sociedade e a valorização do profissional técnico”, disse o presidente.
Palestra “A Cultura Dinâmica Inovadora CRT-SP” – A primeira palestra foi proferida por Fabiana Herculano Moraes, que dissertou justamente sobre “A Cultura Dinâmica Inovadora do CRT-SP”, compartilhando as diretrizes do programa desenvolvido pelo conselho que, segundo a gerente de novos projetos e inovação, vem trabalhando para construir um ambiente no qual os comportamentos e práticas do público interno reflitam os valores no dia a dia; em linhas gerais, o modo de vida dentro da organização”. “Nossa cultura organizacional tem como objetivo a geração de valor para a sociedade”, sintetiza a palestrante, com muita clareza e espontaneidade. Ela também destaca que as estratégias visam o cumprimento de metas previstas nos planos de ação centrados nos clientes. Por clientes, entende-se profissionais técnicos.
O Programa de Cultura Organizacional do CRT-SP é estruturado considerando ações práticas que convergem para a atividade-fim – fiscalização da atividade profissional –, sem perder de foco a tríade missão, visão e valores que norteiam todo o trabalho desenvolvido. “O foco da fiscalização do CRT-SP é inspecionar a existência de atuação ilegal e não qualificada, que possa colocar em risco a sociedade; e, internamente, nossa cultura procura enfatizar constantemente essa importância”, apresenta, destacando que fiscalizar, orientar e esclarecer também tem como objetivo valorizar a profissão. “Um conselho dinâmico e inovador é feito por e para pessoas e nossa cultura visa fortalecer esse entendimento, construindo um ambiente propício à geração de novas ideias à inovação”, conclui.
Palestras “Mentalidade Inovadora” e “Liderança Inovadora” – Com mais de 20 anos de experiência na área de recursos humanos em empresas nacionais e multinacionais, Esmeralda Queiroz da Cruz dividiu sua apresentação em duas partes para dissertar sobre inovação e liderança. Na palestra “Mentalidade Inovadora” ela traz algumas definições de inovação, como “a implementação de um produto, processo, método de marketing, método organizacional novo ou significativamente melhorado”, citando o Manual de Oslo, considerado a principal fonte internacional para coleta e uso de dados sobre atividades inovadoras da indústria.
Há de se combater alguns mitos que podem, de acordo com a palestrante, deturpar o conceito de inovação: não é necessário que uma solução envolva uso de tecnologia de ponta para ser considerada inovação; para inovar não precisa, necessariamente, haver um gênio criativo na equipe; a inovação pode ser sistematizada sem depender de sorte, mas do uso de metodologias, práticas e ferramentas adequadas; inovação não é só para grandes empresas; e não é necessário um novo produto ou serviço para inovar. “Inovação tende a alcançar todos e em todas as organizações, podendo ocorrer em diversas coisas e diversos espaços, sendo possível atingir a atenção e disposição para inovar”, implementa, elencando três aspectos fundamentais a serem observados: a capacidade interna, o ambiente externo e a geração de ideias – nesse tópico, faz-se importante a participação dos colaboradores. “É normal ter receio e ficar ansioso, mas não tenha medo de promover uma inovação. Muitas vezes, ao contrário do que você pensa, fazer diferente pode ser altamente positivo”, aconselha.
Os temas podem até apresentar uma conexão – afinal, o líder também inova” – , mas em sua segunda palestra – “Liderança Inovadora” –, Esmeralda Queiroz da Cruz procurou desmistificar a ideia equivocada de que liderança seja apenas um cargo. “Liderança é um processo que influencia e induz o que uma pessoa exerce sobre outras, conforme a necessidade e situação que as levam a realizar um ou mais objetivos”, esclarece, acrescentando que o papel do líder – seja nato, de cargo ou de fato – consiste na interação com públicos de interesse; comprometimento e comunicação dos valores e princípios; tomada de decisão: comunicação e implementação; acompanhamento dos padrões de trabalho e análise de desempenho; e promoção de melhoria e aprendizado organizacional.
Em tempo, ela também traça a diferença entre gestor e líder: enquanto o primeiro “faz o processo andar”, tem “visão de curto e médio prazo”, “entrega os processos” e se “pergunta como e quando”, o segundo “inova”, “age sobre determinada situação” e “questiona o quê e o porquê das atividades”. E, em se tratando de estilos de liderança, a palestrante aponta três tipos: o autocrático, que centraliza as atividades e não privilegia a inovação; o democrático, que estimula a participação da equipe; e o liberal, que deixa as atividades por conta da equipe. Nesse estilo, não há resultados satisfatórios se a equipe não tiver maturidade suficiente na tomada de decisões. Diante de tantas informações e dicas importantes sobre liderança inovadora, a pergunta que fica é: que tipo de líder você quer ser?
Palestra “O Papel dos Conselheiros e o Regimento Interno do CRT-SP” – A exemplo de sua apresentação por ocasião da posse dos conselheiros realizada no dia 21 de junho de 2022, o advogado e assessor da presidência, Nivaldo José Bosio, fez uma explanação geral sobre as regras exigidas para administrar o CRT-SP, considerando que os conselheiros – como agentes públicos – estão sujeitos às mesmas regras.
Antes de focar o “O Papel dos Conselheiros e o Regimento Interno do CRT-SP” – tema de sua palestra –, ele mensurou os cinco princípios constitucionais da administração pública – legalidade, impessoalidade, publicidade, eficiência e moralidade – e citou a Lei nº 9.784/1999, que “regula o processo administrativo no âmbito da administração pública federal”. “Talvez o princípio mais importante, impessoalidade significa que o presidente, diretores e conselheiros não podem agir de modo pessoal privilegiando alguém; tudo deve estar baseado em fatos e argumentos”, disse oportunamente. No que tange à Lei nº 13.639/2018, que cria o Sistema CFT/CRT e deve estar sempre à mente dos colaboradores, conselheiros e profissionais técnicos em geral, ele citou as competências inerentes aos conselhos regionais dispostas no artigo 12.
Ainda, sem desviar do tema proposto, apresentou minuciosamente o Regimento Interno do CRT-SP explicitando, em relação aos conselheiros, eleitos democraticamente para função honorífica, suas competências e prerrogativas, dispostas respectivamente nos artigos 22 e 23 do documento. Cumpre salientar que na 39ª Sessão Plenária Ordinária, realizada em 22 de julho de 2022, foi constituído o Grupo de Trabalho para Continuidade da Revisão do Regimento Interno, com o objetivo de adequá-lo melhor às reais finalidades pelas quais foi desenvolvido, bem como atender todas as regras de gestão e demandas do CRT-SP.
Palestras “Como Construirmos Juntos um Plano Estratégico para 2023” e “Acompanhamento e Medição de Resultados de Planos de Ação” – Em linhas gerais, planejamento estratégico é um projeto, muito bem estruturado e elaborado com a cooperação de todas as partes envolvidas, com vistas a atingir um objetivo específico; por sua vez, um plano de ação estabelece, por meio de um escopo geral com descritivo de metas, cronograma de execução, desdobramento de ações e outros elementos, uma estratégia – ou uma direção – para se chegar aos resultados propostos. Assim, apesar de certas diferenças conceituais e práticas, pode-se dizer que planejamento estratégico e plano de ação estão intimamente relacionados no ambiente de uma organização. Foi um pouco disso que o gerente de departamento de gestão, Mesaque Araújo da Silva, trouxe em suas palestras “Como Construirmos Juntos um Plano Estratégico para 2023” e “Acompanhamento e Medição de Resultados de Planos de Ação”, sempre atualizado quanto às instruções e decisões normativas do Tribunal de Contas da União (TCU), responsável por auditar as contas da administração pública – incluindo os conselhos profissionais. “Planejamento estratégico é um processo de gestão contínuo, sistemático, organizado e que realiza análises sobre cenários futuros. Serve para tomar decisões que minimizem riscos e, com isso, estabelecer a melhor direção a ser seguida pela organização”, conceitua o palestrante. Entre as instruções e decisões normativas mencionadas, destaque para a IN TCU nº 84/2020, a DN TCU nº 187/2020 e, mais recentemente, a DN TCU nº 198/2022, que “estabelece normas complementares para a prestação de contas dos administradores e responsáveis da administração pública federal”.
Sistematicamente, Mesaque Araújo da Silva apresentou os passos, com orientações preliminares, para o desenvolvimento do planejamento estratégico, elaborado por meio de ferramentas de diagnóstico e metodologias específicas, seguindo os princípios de inovação e diferenciação: o chamado balanced scorecard, metodologia para implementar e gerenciar estratégias com indicadores sobre diferentes perspectivas; mapa estratégico; tabulação de dados; matriz SWOT – acrônimo derivado dos termos em inglês strengths (forças), weaknesses (fraquezas), opportunities (oportunidades) e threats (ameaças); linhas de defesa, que são ferramentas de controle e proteção para mitigar riscos e impactos na execução da missão institucional; cadeia de valor, ferramenta voltada levarão ao cliente uma ideia concisa, clara e transparente; proposta de valor, método que permite à organização estruturar suas atividades de forma coordenada por meio de processos específicos; entre outros conceitos.
No âmbito do CRT-SP cada área elabora seu plano de ação individual, com o acompanhamento dos responsáveis pelo planejamento estratégico e que, oportunamente, darão origem ao Relatório de Gestão Integrado, encaminhado ao TCU após apreciação e deliberação em todas as instâncias – plenário regional e federal.
Palestra “Como Falar em Público” – Era uma vez um homem que dizia sempre ao lhe desejarem bom dia: “O mundo é um absurdo, a sociedade é hipócrita, o homem é corrupto, a mulher é sufocante e as crianças barulhentas demais”. Foi com a história do “O Homem do Bom Dia” e chamando a atenção para a “psicodinâmica da fala” – forma como a pessoa se porta, causando impacto psicológico em outras pessoas –, que a mestre em literatura e crítica literária e especialista em arte e educação, Elaine Cristina Gomes, iniciou sua palestra “Como falar em Público”.
Para a “contadora e histórias”, que ministra diversos cursos no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC-SP) – unidade da Aclimação, região central de São Paulo –, ter um olhar panorâmico dos ouvintes serve como termômetro para sua apresentação. “O palestrante deve sempre olhar nos olhos dos ouvintes”, atesta, acrescentando que melhorar o nível de leitura é um requisito igualmente importante a quem trabalha ou necessita falar em público. “Expandir o vocabulário e conhecimento é um importante processo para uma boa apresentação”, completa. Outras dicas para melhorar a performance e até controlar o nervosismo: estudar o assunto apresentado; procurar conquistar a simpatia dos ouvintes; aprender a rir dos próprios “tombos” e deslizes, usando o dom natural e bom humor; valer-se do poder do convencimento, sendo determinado, lutando pelo que acredita, entendendo as aspirações e sentimentos dos ouvintes, sendo ousado e obstinado e, por fim, estando sempre preparado para qualquer questionamento.
Ao fim de sua dinâmica e divertida apresentação, Elaine Cristina Gomes adverte que é fundamental saber encerrar qualquer discurso, encontrando um desfecho que faça sentido. “Nada de ‘então é isso, né!´”, brinca. A lição que fica é que aprender a falar em público está ao alcance de todos; basta determinação, força de vontade e exercícios práticos, sem aquela psicodinâmica vocal de “O Homem do Bom Dia”.
Conteúdos finais – O Programa de Cultura Organizacional do CRT-SP apresentou, antes de seu encerramento, a estratégia do conselho para orientar os alunos de escolas técnicas, futuros profissionais, para os desafios da profissão. Trata-se do “Material Institucional para Palestras Orientativas em Escolas Técnicas” apresentados pela gerente de novos projetos e inovação, Fabiana Herculano Moraes; e os “Fluxos e Processos para Palestras Orientativas em Escolas Técnicas”, sob a responsabilidade da equipe do gerente de departamento técnico, Rubens Campos. Com disponibilidade presencial e em formato online, as palestras orientativas – chamadas CRT-SP Talks: “Futuros Técnicos” – visam apresentar o Sistema CFT/CRT; esclarecer as atribuições profissionais definidas por resoluções baixadas pelo Conselho Federal dos Técnicos Industriais (CFT); orientar sobre a importância do registro profissional para o exercício legal da atividade e a emissão do Termo de Responsabilidade Técnica (TRT) para todos os serviços realizados; mostrar que os técnicos devem fazer parte dos editais de licitação publicados por órgãos e setores públicos. Apresentam, ainda, as iniciativas e opções de cursos de capacitação e empreendedorismo – em parceria com o próprio SEBRAE-SP – para gerar mais oportunidades de trabalho; e explicam a dinâmica da plataforma online Técnico que Faz, desenvolvida para conectar gratuitamente profissionais com empresas e a sociedade para realização de serviços de ordem técnica.
As instituições de ensino técnico com interesse em palestras orientativas presenciais podem verificar a disponibilidade pelo (11) 3580-1000 ou e-mail escola@crtsp.gov.br. Essa aproximação do conselho com a comunidade estudantil é extremamente importante no sentido de orientar, principalmente os recém-formados ou prestes a se formarem, para que estejam mais preparados para o mercado de trabalho e devidamente informados sobre a profissão.
As fotos estão disponíveis no site www.crtsp.gov.br ou clicando aqui.
OBS: Colaboração de Eric Alves dos Santos na apuração das informações
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No dia 21 de julho de 2022 o Conselho Regional dos Técnicos Industriais do Estado de São Paulo (CRT-SP) realizou, na sede do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE-SP) na capital paulista, o Programa de Cultura Organizacional do CRT-SP, evento norteado por um ciclo de palestras de capacitação voltadas, sobretudo, a colaboradores e conselheiros com temas relacionados à inovação e liderança; planejamento estratégico; regramento aos conselheiros previsto no Regimento Interno; e técnicas e dicas importantes de como se expressar em público. No discurso inicial, Gilberto Takao Sakamoto deu as boas-vindas aos participantes, agradeceu ao SEBRAE-SP pela disponibilização do “belíssimo” espaço para a realização do evento e parabenizou os colaboradores. “Estamos aqui reunidos com um ciclo de palestras para capacitar nossos funcionários, conselheiros, representantes e a própria diretoria, sempre objetivando a defesa da sociedade e a valorização do profissional técnico”, disse o presidente.
Palestra “A Cultura Dinâmica Inovadora CRT-SP” – A primeira palestra foi proferida por Fabiana Herculano Moraes, que dissertou justamente sobre “A Cultura Dinâmica Inovadora do CRT-SP”, compartilhando as diretrizes do programa desenvolvido pelo conselho que, segundo a gerente de novos projetos e inovação, vem trabalhando para construir um ambiente no qual os comportamentos e práticas do público interno reflitam os valores no dia a dia; em linhas gerais, o modo de vida dentro da organização”. “Nossa cultura organizacional tem como objetivo a geração de valor para a sociedade”, sintetiza a palestrante, com muita clareza e espontaneidade. Ela também destaca que as estratégias visam o cumprimento de metas previstas nos planos de ação centrados nos clientes. Por clientes, entende-se profissionais técnicos.
O Programa de Cultura Organizacional do CRT-SP é estruturado considerando ações práticas que convergem para a atividade-fim – fiscalização da atividade profissional –, sem perder de foco a tríade missão, visão e valores que norteiam todo o trabalho desenvolvido. “O foco da fiscalização do CRT-SP é inspecionar a existência de atuação ilegal e não qualificada, que possa colocar em risco a sociedade; e, internamente, nossa cultura procura enfatizar constantemente essa importância”, apresenta, destacando que fiscalizar, orientar e esclarecer também tem como objetivo valorizar a profissão. “Um conselho dinâmico e inovador é feito por e para pessoas e nossa cultura visa fortalecer esse entendimento, construindo um ambiente propício à geração de novas ideias à inovação”, conclui.
Palestras “Mentalidade Inovadora” e “Liderança Inovadora” – Com mais de 20 anos de experiência na área de recursos humanos em empresas nacionais e multinacionais, Esmeralda Queiroz da Cruz dividiu sua apresentação em duas partes para dissertar sobre inovação e liderança. Na palestra “Mentalidade Inovadora” ela traz algumas definições de inovação, como “a implementação de um produto, processo, método de marketing, método organizacional novo ou significativamente melhorado”, citando o Manual de Oslo, considerado a principal fonte internacional para coleta e uso de dados sobre atividades inovadoras da indústria.
Há de se combater alguns mitos que podem, de acordo com a palestrante, deturpar o conceito de inovação: não é necessário que uma solução envolva uso de tecnologia de ponta para ser considerada inovação; para inovar não precisa, necessariamente, haver um gênio criativo na equipe; a inovação pode ser sistematizada sem depender de sorte, mas do uso de metodologias, práticas e ferramentas adequadas; inovação não é só para grandes empresas; e não é necessário um novo produto ou serviço para inovar. “Inovação tende a alcançar todos e em todas as organizações, podendo ocorrer em diversas coisas e diversos espaços, sendo possível atingir a atenção e disposição para inovar”, implementa, elencando três aspectos fundamentais a serem observados: a capacidade interna, o ambiente externo e a geração de ideias – nesse tópico, faz-se importante a participação dos colaboradores. “É normal ter receio e ficar ansioso, mas não tenha medo de promover uma inovação. Muitas vezes, ao contrário do que você pensa, fazer diferente pode ser altamente positivo”, aconselha.
Os temas podem até apresentar uma conexão – afinal, o líder também inova” – , mas em sua segunda palestra – “Liderança Inovadora” –, Esmeralda Queiroz da Cruz procurou desmistificar a ideia equivocada de que liderança seja apenas um cargo. “Liderança é um processo que influencia e induz o que uma pessoa exerce sobre outras, conforme a necessidade e situação que as levam a realizar um ou mais objetivos”, esclarece, acrescentando que o papel do líder – seja nato, de cargo ou de fato – consiste na interação com públicos de interesse; comprometimento e comunicação dos valores e princípios; tomada de decisão: comunicação e implementação; acompanhamento dos padrões de trabalho e análise de desempenho; e promoção de melhoria e aprendizado organizacional.
Em tempo, ela também traça a diferença entre gestor e líder: enquanto o primeiro “faz o processo andar”, tem “visão de curto e médio prazo”, “entrega os processos” e se “pergunta como e quando”, o segundo “inova”, “age sobre determinada situação” e “questiona o quê e o porquê das atividades”. E, em se tratando de estilos de liderança, a palestrante aponta três tipos: o autocrático, que centraliza as atividades e não privilegia a inovação; o democrático, que estimula a participação da equipe; e o liberal, que deixa as atividades por conta da equipe. Nesse estilo, não há resultados satisfatórios se a equipe não tiver maturidade suficiente na tomada de decisões. Diante de tantas informações e dicas importantes sobre liderança inovadora, a pergunta que fica é: que tipo de líder você quer ser?
Palestra “O Papel dos Conselheiros e o Regimento Interno do CRT-SP” – A exemplo de sua apresentação por ocasião da posse dos conselheiros realizada no dia 21 de junho de 2022, o advogado e assessor da presidência, Nivaldo José Bosio, fez uma explanação geral sobre as regras exigidas para administrar o CRT-SP, considerando que os conselheiros – como agentes públicos – estão sujeitos às mesmas regras.
Antes de focar o “O Papel dos Conselheiros e o Regimento Interno do CRT-SP” – tema de sua palestra –, ele mensurou os cinco princípios constitucionais da administração pública – legalidade, impessoalidade, publicidade, eficiência e moralidade – e citou a Lei nº 9.784/1999, que “regula o processo administrativo no âmbito da administração pública federal”. “Talvez o princípio mais importante, impessoalidade significa que o presidente, diretores e conselheiros não podem agir de modo pessoal privilegiando alguém; tudo deve estar baseado em fatos e argumentos”, disse oportunamente. No que tange à Lei nº 13.639/2018, que cria o Sistema CFT/CRT e deve estar sempre à mente dos colaboradores, conselheiros e profissionais técnicos em geral, ele citou as competências inerentes aos conselhos regionais dispostas no artigo 12.
Ainda, sem desviar do tema proposto, apresentou minuciosamente o Regimento Interno do CRT-SP explicitando, em relação aos conselheiros, eleitos democraticamente para função honorífica, suas competências e prerrogativas, dispostas respectivamente nos artigos 22 e 23 do documento. Cumpre salientar que na 39ª Sessão Plenária Ordinária, realizada em 22 de julho de 2022, foi constituído o Grupo de Trabalho para Continuidade da Revisão do Regimento Interno, com o objetivo de adequá-lo melhor às reais finalidades pelas quais foi desenvolvido, bem como atender todas as regras de gestão e demandas do CRT-SP.
Palestras “Como Construirmos Juntos um Plano Estratégico para 2023” e “Acompanhamento e Medição de Resultados de Planos de Ação” – Em linhas gerais, planejamento estratégico é um projeto, muito bem estruturado e elaborado com a cooperação de todas as partes envolvidas, com vistas a atingir um objetivo específico; por sua vez, um plano de ação estabelece, por meio de um escopo geral com descritivo de metas, cronograma de execução, desdobramento de ações e outros elementos, uma estratégia – ou uma direção – para se chegar aos resultados propostos. Assim, apesar de certas diferenças conceituais e práticas, pode-se dizer que planejamento estratégico e plano de ação estão intimamente relacionados no ambiente de uma organização. Foi um pouco disso que o gerente de departamento de gestão, Mesaque Araújo da Silva, trouxe em suas palestras “Como Construirmos Juntos um Plano Estratégico para 2023” e “Acompanhamento e Medição de Resultados de Planos de Ação”, sempre atualizado quanto às instruções e decisões normativas do Tribunal de Contas da União (TCU), responsável por auditar as contas da administração pública – incluindo os conselhos profissionais. “Planejamento estratégico é um processo de gestão contínuo, sistemático, organizado e que realiza análises sobre cenários futuros. Serve para tomar decisões que minimizem riscos e, com isso, estabelecer a melhor direção a ser seguida pela organização”, conceitua o palestrante. Entre as instruções e decisões normativas mencionadas, destaque para a IN TCU nº 84/2020, a DN TCU nº 187/2020 e, mais recentemente, a DN TCU nº 198/2022, que “estabelece normas complementares para a prestação de contas dos administradores e responsáveis da administração pública federal”.
Sistematicamente, Mesaque Araújo da Silva apresentou os passos, com orientações preliminares, para o desenvolvimento do planejamento estratégico, elaborado por meio de ferramentas de diagnóstico e metodologias específicas, seguindo os princípios de inovação e diferenciação: o chamado balanced scorecard, metodologia para implementar e gerenciar estratégias com indicadores sobre diferentes perspectivas; mapa estratégico; tabulação de dados; matriz SWOT – acrônimo derivado dos termos em inglês strengths (forças), weaknesses (fraquezas), opportunities (oportunidades) e threats (ameaças); linhas de defesa, que são ferramentas de controle e proteção para mitigar riscos e impactos na execução da missão institucional; cadeia de valor, ferramenta voltada levarão ao cliente uma ideia concisa, clara e transparente; proposta de valor, método que permite à organização estruturar suas atividades de forma coordenada por meio de processos específicos; entre outros conceitos.
No âmbito do CRT-SP cada área elabora seu plano de ação individual, com o acompanhamento dos responsáveis pelo planejamento estratégico e que, oportunamente, darão origem ao Relatório de Gestão Integrado, encaminhado ao TCU após apreciação e deliberação em todas as instâncias – plenário regional e federal.
Palestra “Como Falar em Público” – Era uma vez um homem que dizia sempre ao lhe desejarem bom dia: “O mundo é um absurdo, a sociedade é hipócrita, o homem é corrupto, a mulher é sufocante e as crianças barulhentas demais”. Foi com a história do “O Homem do Bom Dia” e chamando a atenção para a “psicodinâmica da fala” – forma como a pessoa se porta, causando impacto psicológico em outras pessoas –, que a mestre em literatura e crítica literária e especialista em arte e educação, Elaine Cristina Gomes, iniciou sua palestra “Como falar em Público”.
Para a “contadora e histórias”, que ministra diversos cursos no Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC-SP) – unidade da Aclimação, região central de São Paulo –, ter um olhar panorâmico dos ouvintes serve como termômetro para sua apresentação. “O palestrante deve sempre olhar nos olhos dos ouvintes”, atesta, acrescentando que melhorar o nível de leitura é um requisito igualmente importante a quem trabalha ou necessita falar em público. “Expandir o vocabulário e conhecimento é um importante processo para uma boa apresentação”, completa. Outras dicas para melhorar a performance e até controlar o nervosismo: estudar o assunto apresentado; procurar conquistar a simpatia dos ouvintes; aprender a rir dos próprios “tombos” e deslizes, usando o dom natural e bom humor; valer-se do poder do convencimento, sendo determinado, lutando pelo que acredita, entendendo as aspirações e sentimentos dos ouvintes, sendo ousado e obstinado e, por fim, estando sempre preparado para qualquer questionamento.
Ao fim de sua dinâmica e divertida apresentação, Elaine Cristina Gomes adverte que é fundamental saber encerrar qualquer discurso, encontrando um desfecho que faça sentido. “Nada de ‘então é isso, né!´”, brinca. A lição que fica é que aprender a falar em público está ao alcance de todos; basta determinação, força de vontade e exercícios práticos, sem aquela psicodinâmica vocal de “O Homem do Bom Dia”.
Conteúdos finais – O Programa de Cultura Organizacional do CRT-SP apresentou, antes de seu encerramento, a estratégia do conselho para orientar os alunos de escolas técnicas, futuros profissionais, para os desafios da profissão. Trata-se do “Material Institucional para Palestras Orientativas em Escolas Técnicas” apresentados pela gerente de novos projetos e inovação, Fabiana Herculano Moraes; e os “Fluxos e Processos para Palestras Orientativas em Escolas Técnicas”, sob a responsabilidade da equipe do gerente de departamento técnico, Rubens Campos. Com disponibilidade presencial e em formato online, as palestras orientativas – chamadas CRT-SP Talks: “Futuros Técnicos” – visam apresentar o Sistema CFT/CRT; esclarecer as atribuições profissionais definidas por resoluções baixadas pelo Conselho Federal dos Técnicos Industriais (CFT); orientar sobre a importância do registro profissional para o exercício legal da atividade e a emissão do Termo de Responsabilidade Técnica (TRT) para todos os serviços realizados; mostrar que os técnicos devem fazer parte dos editais de licitação publicados por órgãos e setores públicos. Apresentam, ainda, as iniciativas e opções de cursos de capacitação e empreendedorismo – em parceria com o próprio SEBRAE-SP – para gerar mais oportunidades de trabalho; e explicam a dinâmica da plataforma online Técnico que Faz, desenvolvida para conectar gratuitamente profissionais com empresas e a sociedade para realização de serviços de ordem técnica.
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